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terça-feira, 15 de abril de 2008

Estrelas no céu da boca


Inventei um céu
observando as amarras
nas minhas mãos


que não estivesse
acima da minha cabeça
mas antes dentro
do meu coração

sexta-feira, 28 de março de 2008

Areia imaginária


Ter de escrever é a pior coisa que existe. Você se perde em frente a uma folha em branco (ou uma tela em branco) e tem de materializar uma idéia, mas você não quer escrever, você se encontra sem tesão algum em escrever. Sobre essa gloriosa ação, lembro que Caio Fernando Abreu, em uma carta a um amigo, disse que escrever é exorcisar, tirar de si o texto a já pronto e não conseguir estar em paz até se livrar dele por completo. Quem levou isso mais ao pé da letra talvez tenha sido Clarice que nunca lia seus livros depois de eles ficarem prontos e se livrava dos originais. Era o exorcismo último: queimá-los! Ah... quem dera estar em um momento de verborréia e poder me livrar das três matérias que devo escrever até terça-feira. Começo a me indagar se tenho vocação para ser jornalista. Acho que não... todos os meus amigos começaram a se perguntar sobre isso essa semana, exceto a garota do Peter Pan que inventou de fazer um perfil sobre o Menino G, rsrs... Estou falando de coisas que nenhum dos possíveis leitores desse blog pode entender (na verdade nem sei se ele tem leitores). Estou num momento de extremo ócio, vou tentar nadar pra fora dessa cinzenta areia movediça e acho que vocês deveriam fazer o mesmo. Afinal, ler este blog não ajuda ninguém.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Desejo de pouso

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Que pena é ter tanto amor pra dar
e ninguém pra receber
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um pequeno avião

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tempo Imaginário ou horas ociosas

Tempo, escorre pelas mãos. Horas, passeiam pelos dedos. Minutos, se perdem no infinito.
Não tenho tempo e correr não adianta. Antes exitarei, deixarei ele passar, se despedir e ir embora. Permancerei como um monge, em posição de lotus, alheio ao que é de fora. Tempo, pra seres meu amigo será necessário eu me separar de ti? Te deixar fugir...? Aprender que a despedida é o anúncio de um reencontro mais feliz?

"O nosso amor não vai parar de rolar, nem fugir e seguri como um rio..."

O que encontrarei no teu futuro, tempo, inquilino que nunca chega? Seja o hóspede da minha esperança, sua morada e alegria. Seja o prazer de quem deseja tudo poder.

terça-feira, 25 de março de 2008

Sonho imaginário

Sonho é algo que se tem as vezes sem se perceber, você nem percebe que sonhou e que o sonho foi todo o seu querer. Depois, você se pega pelos cantos a sentir a falta de algo. Já, então, você sabe: arracaram-te um pedaço - perdeu-se aquilo era amado - tudo que tinhas de bom.
Aí, você se pega distraído olhando perdido pras coisas como se não as visse, ou como se incoscientemente estivesse procurando olhar através delas algo que não existe, algo que nunca existiu... Você se perde em idéias que não são pensadas, em frases mal formuladas, infindáveis frases sequer completadas, repletas de palavras cheias de incompreendidos. É quando você se pega triste sem saber porque. Você quer solução, mas não sabe o que fazer. Você quer sorrir, mas... de quê?

Sonho, tão logo ele te sonhou, se dissipou
e foi-se todo pro mundo perder-se do amor.

PS: Imagino que sonho,
e é quase tão bom quanto ter sonhado de verdade.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Jardins imaginários, fome imaginária

Não tenho nada a dizer e nem quero escrever. Apenas tenho fome. Tenho fome e não como. Tenho fome e não posso comer. Tenho fome e não há alimento. Não há alimento para a minha fome. Escrevo porque tenho fome e não posso me saciar. Mas não é escrever o que eu quero. Se bem, que bem ou mal, escrevo o que quero e não quero. Mas eu não quero nada dizer. Porque eu tenho fome de nada... Estou a fugir de mim mesmo pra me encontrar. Sem a esperança de que isso aconteça um dia. Isso não vai acontecer um dia. Nunca vai... Porque eu não tenho fome de nada. Eu não quero nada. Eu não sei o que é querer. E se quero o nada... Eu não estou fugindo pra lugar nenhum. Eu estou apenas sentado em frente a um computador com fome, sem parar de escrever. Nada e porra nenhuma... Eu não gosto de ler, não gosto de poesia, nem de prosa. Não me empurre essa bosta... Sem a esperança de que isso aconteça um dia. Não paro de escrever e de me repetir. Repetir porque tudo já foi dito. De todos as inumeráveis maneiras. Nada ainda foi dito por mim. Mas, não estou a dizer, estou a repetir... então... E isso não vai parar por aqui...